A HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA
O Inglês está incluído no ramo ocidental das línguas germânicas, que por sua vez é uma subfamília das línguas indo-européias. A língua inglesa pertence ao grupo anglo-frisão e conta com uma quantidade significativa de vocabulário proveniente do Francês, Latim, Grego e outras línguas.
O Inglês evoluiu das línguas germânicas trazidas para a Bretanha pelos Anglos, Saxões, Jutos e outras tribos germânicas. Há três etapas fundamentais em sua evolução: o inglês antigo ou anglo-saxão, que vai do ano 449 ao 1100; o inglês médio, até o ano 1500; e o inglês moderno, com duas etapas: clássica, de 1500 a 1660, e contemporânea, de 1660 a nossos dias.
Aproximadamente 341 milhões de pessoas falam Inglês como sua língua nativa e mais 267 milhões de pessoas falam o Inglês como segunda língua em mais de 104 países, incluindo o Reino Unido, Irlanda, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Samoa, Andorra, Antígua e Barbuda, Aruba, Bahamas, Barbados, Belize, Bermuda, Botswana, Ilhas Virgens, Brunei, Camarões, Ilhas Caimãs, Dinamarca, entre outros.
O Inglês Antigo (OldEnglish)
O Arcaico ou Anglo-Saxão – entre os séculos V e XI
Se caracteriza pela fase compreendida ente 450 D.C. e o final do século XI. Por volta do século V em diante, as terras da Inglaterra foram invadidas por tribos germânicas – Anglo-Saxões e Jutes. O dialeto anglo-saxão foi incorporado aos demais exercendo domínio, assim o vocabulário inglês vai sendo grandemente influenciado ao longo do tempo. Na verdade não se trata de uma única língua, mas de uma variedade de dialetos, havendo neste período quatro dialetos:
Northumbrian: faldo no norte do rio Humber.
Mercian: falado na Midlands do EastAnglia até a divisa de Welsh.
Kentish: faldo no sudeste.
West Saxon: falado no sul e no sudoeste.
Através do contato com o império romano e da evangelização de Santo Agostinho de Canterbury, o idioma sofreu influência do Latim até o século XI. Mais tarde fora influenciada pelos invasores escandinavos que falavam o OldNorse, que, provavelmente, assemelhava-se ao dialeto falado pelos povos anglo-saxões. Vários desenvolvimentos internos dentro do OldEnglish reduziram o papel de inflexões por algum tempo e o contato com o OldNorse acelerou esse processo, especialmente nos dialetos falados no norte daquela região. O período OldEnglish terminou com a invasão dos Normandos, quando a língua foi influenciada por um número maior de falantes que usavam o Norman dialect. Essa conquista foi de tamanha relevância, pois novas palavras incorporaram-se à língua falada pelas pessoas comuns, isto é, por servos e escravos. Mais tarde, muitos dos novos termos passaram a ser usados na corte e no militarismo adquirindo, portanto, um elevado status social.
Em geral, a diferença entre o Old e o ModernEnglish está na forma escrita, na pronúncia, no vocabulário e na gramática. De acordo com Baugh (1981), qualquer pessoa que não tenha uma especialização voltada ao OldEnglish é incapaz de compreender qualquer texto da época. Por exemplo, a palavra stãn corresponde a stone no inglês atual. No entanto, a maior diferença entre esses dois períodos está na gramática, especificamente, no campo sintático e no campo analítico. Esse período finda com a batalha de Hastings, em 1066, onde o rei William – o conquistador – derrotou o exército dos anglos – saxões e impôs suas leis seu sistema de governo e sua língua – a francesa. A partir desse evento se estabelece o segundo o período – o MiddleEnglish.
O Inglês Médio (MiddleEnglish)
Do século XI ao XVI
O Inglês médio se caracteriza pela fase compreendida entre o início do século XII até o fim do século XV. Nela, temos o reinado da Dinastia Tudor, quando o Inglês perdeu muitas de suas flexões nominais e verbais, e muitas palavras francesas incorporaram-se ao léxico. A partir da conquista normanda, começam a entrar na língua inglesa muitas palavras escandinavas e nórdicas, designando objetos da vida cotidiana. No século XIV, a língua dos anglos adquire prestígio graças à evolução da vida urbana, que foi acompanhada pela fundação de universidades e o desenvolvimento duma próspera vida econômica e cortesã. O uso da língua dos anglos permanece consagrado nas obras de Geoffrey Chaucer e na impressão tipográfica realizada por William Caxton.
Quando pensamos no MiddleEnglish nos vêm à mente imagens de castelos com altas torres, rodeadas por uma grande muralha, isso porque os castelos são características do sistema social normando conhecido como feudalismo. Entretanto, o elemento mais importante desse período foi, sem dúvida, a presença e influência da língua francesa no inglês. Essa verdadeira transfusão de cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica, que durou três séculos, resultou principalmente, num aporte considerável de vocabulário – nada mais. Isso demonstra que, por mais forte que possa ser a influência de uma língua sobre outra, essa influência, normalmente, não vai além de um enriquecimento de vocabulário, dificilmente afetando a pronúncia ou estrutura gramatical.
O passar dos séculos e as disputas que acabaram ocorrendo entre os normandos das ilhas britânicas e os habitantes do continente, provocam o surgimento de um sentimento nacionalista e, pelo final do século XV, o Inglês já havia prevalecido. Até mesmo como linguagem escrita, o Inglês já havia substituído o Francês e o Latim como língua oficial para documentos. Muito vocabulário novo foi incorporado com a introdução de novos conceitos administrativos, políticos e sociais, para os quais não havia equivalentes em Inglês. Em alguns casos, entretanto, já existiam palavras de origem germânica, as quais, ou acabaram desaparecendo, ou passaram a coexistir com as equivalentes de origem francesa, em principio como sinônimos, mas com o tempo adquirindo conotações diferentes. Além da influência do Francês sobre seu vocabulário, o MiddleEnglish se caracterizou, também, pela gradual perda de declinações, pela neutralização e perda de vogais atônicas em final de palavra e pelo início da GreatVowel Shift, que se caracteriza pela acentuada mudança na pronúncia das vogais do inglês, inclusive os ditongos sofreram alterações e certas consoantes deixaram de ser pronunciadas. Esse período traz uma onda de inovações no Inglês, que foi denominada ModernEnglish.
O Inglês Moderno
A partir do século XVI
O Inglês moderno se caracteriza pela fase compreendida do ano de 1475 d.C. até os dias atuais. Nela, houve a unificação da língua com base no dialeto da região londrina.
A transição do Inglês médio ao moderno foi marcada por uma rigorosa evolução fonética na pronúncia das vogais, o que ocorreu entre os séculos XV e XVI. No início deste período, a difusão da língua e a influência que recebeu são responsáveis por significativo crescimento do léxico. Entre os séculos XVII e XVIII ocorreram as mudanças gramaticais mais importantes. Mas o maior desenvolvimento e difusão aconteceu no século XIX, não sendo mais interrompidos desde então. No Inglês, entraram numerosos americanismos e africanismos como conseqüência da expansão colonial britânica.
A partir de 1500 começa o período da expansão geográfica do Inglês; primeiro nas regiões vizinhas da Cornuália, Gales, Escócia e Irlanda, onde substitui quase completamente o Céltico e nas ilhas Shetlands e Orcadas substitui a língua descendente do Norueguês Antigo chamadaNorn. Enquanto o MiddleEnglish se caracterizou por uma acentuada diversidade de dialetos, o ModernEnglish representa um período de padronização e unificação da língua, porém sem uma pronúncia única ou uniforme, pois os sons variam de lugar para lugar e de grupo social para grupo social. Essas mudanças continuaram durante o período representado numa típica fonologia do inglês moderno. Mas, se as mudanças ocorridas na pronúncia não foram acompanhadas de reformas ortográficas, isso revela-se em um caráter conservador da cultura inglesa.
Outro ponto significativo é o uso da acentuação com o advento da imprensa com influência direta do Latim e Grego. Mais tarde, em contato com outras culturas e dialetos, a língua inglesa se desenvolve em muitas áreas onde os ingleses haviam colonizado, fazendo, assim, pequenas mas interessantes contribuições para o vocabulário do inglês, como por exemplo, os nomes dos dias da semana no Inglês moderno que vieram dos nomes dos principais deuses anglo-saxões: Thursday (dia de Thor – o deus do trovão), Friday (dia de Frey – deusa da fertilidade). Esse nome vem da palavra escandinava Frigedaeg, conforme a revista Aquarius, 1995; e Sunday (o dia do deus sol) e assim sucessivamente. Como registra a História, os caldeus e os egípcios, muitos séculos antes de Cristo, já dividiam a semana em sete dias. Os antigos romanos, no tempo do imperador Augusto (63 a. C. – d.C. 14), usavam o termo “settimana” para designar a semana com sete dias.
É significativo observar que o ModernEnglish se inicia com a Renascença, período de reformas, descobertas, exploração etc. Nesse período, os pensadores e artistas, voltaram aos Clássicos e com eles muitas palavras latinas e gregas foram adotadas e muitos desses termos “inkhorn” sobrevivem ainda nos dias atuais.
Uma de suas características consiste no fato de que Londres (já colonização celta, chamada pelos romanos de “Londinium”, mais tarde também denominada Lundemburgo), se torna definitivamente centro da evolução lingüística que se segue, como sede do governo e do Parlamento, como maior cidade do pais e centro comercial. A segunda característica deste período de transição é a influência da imprensa no sentido da unificação lingüística. A terceira é o florescimento dos estudos clássicos, o interesse pela antigüidade Grego e Romana: o Renascimento, que nascido na Itália, exerceu forte influência na Inglaterra.
O chamado período de transição conduz o Inglês à plena maturidade com a Bíblia do Rei James e, principalmente, com a obra de William Shakespeare (1564 – 1616). Este período revela uma gradual superposição do Inglês ao Latim, como língua dos cientistas. Francis Bacon e williamharvey publicaram suas obras em latim. Issac Newton depois que publicou em Latim sua obra fundamental Principie Mathematica, em 1687, voltou-se para a sua língua materna. Opticks surgiu em 1704 em Língua Inglesa. entre os séculos XVIII e XIX, os filólogos e dicionaristas se esforçaram em ordenar e reunificar a estrutura da moderna Língua Inglesa, entre eles destaca-se Samule Johnson (1709-1784), compilador de uma grande edição de Shakespeare e criador do DictionaryofEnglishLanguage (Dicionário da Língua Inglesa).
A partir de 1800, surgiram dicionários para o Inglês americano, entre eles o de NoahWebster (atualmente MerriamWebsters). Por volta da metade do século, surgiu em Londres uma PhilogicalSociety, com o objetivo de criar um novo didionário mais abrangente. Foram coletados mais de 5 milhões de citações textuais (dos quais 1/3 foi utilizado na obra), e vários editores dedicaram seus esforços a esta edição, que começou a surgir em 1882 e só terminou em 1928, com um total de 15.300 páginas: o Oxford EnglishDictionary (OED). Embora o Inglês tenha adotado palavras de inúmeras línguas, a grande maioria de palavras com raízes inglesas são de origem germância ou românica, sendo que a maior influência é a do germânico na língua do cotidiano e na língua do homem simples. Além do mais, as línguas de origem germânica eram muito parecidas no período do Inglês antigo, de tal modo que inúmeras palavras teriam soado de maneira totalmente igual, fossem elas de raízes anglo-saxônicas ou escandinavas. Podemos afimar que este período é caracterizado, principalmente, pela padronização e unificação da linguagem. Portanto, desde o início da era Cristã até os dias atuais seis idiomas chegaram a ser falados na Inglaterra: Celta, Latim, OldEnglish, Norman French, MiddleEnglish e ModernEnglish.
O Inglês do Século XX e o Inglês Americano
O Inglês não tem uma Academia da Língua que fixe as normas do idioma. É um idioma que tem passado da síntese para a análise, da declinação e flexão para a ordem sintática, das desinências para as raízes e, estruturalmente, é quase monossilábico, exceto nos termos científicos derivados das raízes gregas e latinas. Devido a sua enorme difusão, apresenta vários dialetos, com categoria de línguas nacionais. Entre eles, os dialetos irlandês e o escocês (também chamado lallans).
O Inglês Americano
Abrange as variedades faladas no Canadá e nos Estados Unidos. Em 1940, distinguiam-se três grandes dialetos: o setentrional, localizado na Nova Inglaterra e no estado de Nova York, cujo expoente mais conhecido é o nova-iorquino. O dialeto ‘midlandês’, falado ao longo da costa de New Jersey a Delaware, e o dialeto sulista, falado de Delaware até a Carolina do Sul. Alguns lingüistas acreditam que o inglês ‘negro’ é uma língua e não uma variedade de dialeto, devido ao fato de, em todas as regiões onde é falado, apresentar a mesma fonética, sintaxe e léxico. De qualquer forma, o intercâmbio com o inglês americano enriquece o britânico e vice-versa. Hoje, o Inglês é a mais importante língua internacional. UtilizeoTradutor Online para traduzir, palavras, frases e até textos inteiros de Inglês para Português.
O Inglês evoluiu das línguas germânicas trazidas para a Bretanha pelos Anglos, Saxões, Jutos e outras tribos germânicas. Há três etapas fundamentais em sua evolução: o inglês antigo ou anglo-saxão, que vai do ano 449 ao 1100; o inglês médio, até o ano 1500; e o inglês moderno, com duas etapas: clássica, de 1500 a 1660, e contemporânea, de 1660 a nossos dias.
Aproximadamente 341 milhões de pessoas falam Inglês como sua língua nativa e mais 267 milhões de pessoas falam o Inglês como segunda língua em mais de 104 países, incluindo o Reino Unido, Irlanda, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Samoa, Andorra, Antígua e Barbuda, Aruba, Bahamas, Barbados, Belize, Bermuda, Botswana, Ilhas Virgens, Brunei, Camarões, Ilhas Caimãs, Dinamarca, entre outros.
O Inglês Antigo (OldEnglish)
O Arcaico ou Anglo-Saxão – entre os séculos V e XI
Se caracteriza pela fase compreendida ente 450 D.C. e o final do século XI. Por volta do século V em diante, as terras da Inglaterra foram invadidas por tribos germânicas – Anglo-Saxões e Jutes. O dialeto anglo-saxão foi incorporado aos demais exercendo domínio, assim o vocabulário inglês vai sendo grandemente influenciado ao longo do tempo. Na verdade não se trata de uma única língua, mas de uma variedade de dialetos, havendo neste período quatro dialetos:
Northumbrian: faldo no norte do rio Humber.
Mercian: falado na Midlands do EastAnglia até a divisa de Welsh.
Kentish: faldo no sudeste.
West Saxon: falado no sul e no sudoeste.
Através do contato com o império romano e da evangelização de Santo Agostinho de Canterbury, o idioma sofreu influência do Latim até o século XI. Mais tarde fora influenciada pelos invasores escandinavos que falavam o OldNorse, que, provavelmente, assemelhava-se ao dialeto falado pelos povos anglo-saxões. Vários desenvolvimentos internos dentro do OldEnglish reduziram o papel de inflexões por algum tempo e o contato com o OldNorse acelerou esse processo, especialmente nos dialetos falados no norte daquela região. O período OldEnglish terminou com a invasão dos Normandos, quando a língua foi influenciada por um número maior de falantes que usavam o Norman dialect. Essa conquista foi de tamanha relevância, pois novas palavras incorporaram-se à língua falada pelas pessoas comuns, isto é, por servos e escravos. Mais tarde, muitos dos novos termos passaram a ser usados na corte e no militarismo adquirindo, portanto, um elevado status social.
Em geral, a diferença entre o Old e o ModernEnglish está na forma escrita, na pronúncia, no vocabulário e na gramática. De acordo com Baugh (1981), qualquer pessoa que não tenha uma especialização voltada ao OldEnglish é incapaz de compreender qualquer texto da época. Por exemplo, a palavra stãn corresponde a stone no inglês atual. No entanto, a maior diferença entre esses dois períodos está na gramática, especificamente, no campo sintático e no campo analítico. Esse período finda com a batalha de Hastings, em 1066, onde o rei William – o conquistador – derrotou o exército dos anglos – saxões e impôs suas leis seu sistema de governo e sua língua – a francesa. A partir desse evento se estabelece o segundo o período – o MiddleEnglish.
O Inglês Médio (MiddleEnglish)
Do século XI ao XVI
O Inglês médio se caracteriza pela fase compreendida entre o início do século XII até o fim do século XV. Nela, temos o reinado da Dinastia Tudor, quando o Inglês perdeu muitas de suas flexões nominais e verbais, e muitas palavras francesas incorporaram-se ao léxico. A partir da conquista normanda, começam a entrar na língua inglesa muitas palavras escandinavas e nórdicas, designando objetos da vida cotidiana. No século XIV, a língua dos anglos adquire prestígio graças à evolução da vida urbana, que foi acompanhada pela fundação de universidades e o desenvolvimento duma próspera vida econômica e cortesã. O uso da língua dos anglos permanece consagrado nas obras de Geoffrey Chaucer e na impressão tipográfica realizada por William Caxton.
Quando pensamos no MiddleEnglish nos vêm à mente imagens de castelos com altas torres, rodeadas por uma grande muralha, isso porque os castelos são características do sistema social normando conhecido como feudalismo. Entretanto, o elemento mais importante desse período foi, sem dúvida, a presença e influência da língua francesa no inglês. Essa verdadeira transfusão de cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica, que durou três séculos, resultou principalmente, num aporte considerável de vocabulário – nada mais. Isso demonstra que, por mais forte que possa ser a influência de uma língua sobre outra, essa influência, normalmente, não vai além de um enriquecimento de vocabulário, dificilmente afetando a pronúncia ou estrutura gramatical.
O passar dos séculos e as disputas que acabaram ocorrendo entre os normandos das ilhas britânicas e os habitantes do continente, provocam o surgimento de um sentimento nacionalista e, pelo final do século XV, o Inglês já havia prevalecido. Até mesmo como linguagem escrita, o Inglês já havia substituído o Francês e o Latim como língua oficial para documentos. Muito vocabulário novo foi incorporado com a introdução de novos conceitos administrativos, políticos e sociais, para os quais não havia equivalentes em Inglês. Em alguns casos, entretanto, já existiam palavras de origem germânica, as quais, ou acabaram desaparecendo, ou passaram a coexistir com as equivalentes de origem francesa, em principio como sinônimos, mas com o tempo adquirindo conotações diferentes. Além da influência do Francês sobre seu vocabulário, o MiddleEnglish se caracterizou, também, pela gradual perda de declinações, pela neutralização e perda de vogais atônicas em final de palavra e pelo início da GreatVowel Shift, que se caracteriza pela acentuada mudança na pronúncia das vogais do inglês, inclusive os ditongos sofreram alterações e certas consoantes deixaram de ser pronunciadas. Esse período traz uma onda de inovações no Inglês, que foi denominada ModernEnglish.
O Inglês Moderno
A partir do século XVI
O Inglês moderno se caracteriza pela fase compreendida do ano de 1475 d.C. até os dias atuais. Nela, houve a unificação da língua com base no dialeto da região londrina.
A transição do Inglês médio ao moderno foi marcada por uma rigorosa evolução fonética na pronúncia das vogais, o que ocorreu entre os séculos XV e XVI. No início deste período, a difusão da língua e a influência que recebeu são responsáveis por significativo crescimento do léxico. Entre os séculos XVII e XVIII ocorreram as mudanças gramaticais mais importantes. Mas o maior desenvolvimento e difusão aconteceu no século XIX, não sendo mais interrompidos desde então. No Inglês, entraram numerosos americanismos e africanismos como conseqüência da expansão colonial britânica.
A partir de 1500 começa o período da expansão geográfica do Inglês; primeiro nas regiões vizinhas da Cornuália, Gales, Escócia e Irlanda, onde substitui quase completamente o Céltico e nas ilhas Shetlands e Orcadas substitui a língua descendente do Norueguês Antigo chamadaNorn. Enquanto o MiddleEnglish se caracterizou por uma acentuada diversidade de dialetos, o ModernEnglish representa um período de padronização e unificação da língua, porém sem uma pronúncia única ou uniforme, pois os sons variam de lugar para lugar e de grupo social para grupo social. Essas mudanças continuaram durante o período representado numa típica fonologia do inglês moderno. Mas, se as mudanças ocorridas na pronúncia não foram acompanhadas de reformas ortográficas, isso revela-se em um caráter conservador da cultura inglesa.
Outro ponto significativo é o uso da acentuação com o advento da imprensa com influência direta do Latim e Grego. Mais tarde, em contato com outras culturas e dialetos, a língua inglesa se desenvolve em muitas áreas onde os ingleses haviam colonizado, fazendo, assim, pequenas mas interessantes contribuições para o vocabulário do inglês, como por exemplo, os nomes dos dias da semana no Inglês moderno que vieram dos nomes dos principais deuses anglo-saxões: Thursday (dia de Thor – o deus do trovão), Friday (dia de Frey – deusa da fertilidade). Esse nome vem da palavra escandinava Frigedaeg, conforme a revista Aquarius, 1995; e Sunday (o dia do deus sol) e assim sucessivamente. Como registra a História, os caldeus e os egípcios, muitos séculos antes de Cristo, já dividiam a semana em sete dias. Os antigos romanos, no tempo do imperador Augusto (63 a. C. – d.C. 14), usavam o termo “settimana” para designar a semana com sete dias.
É significativo observar que o ModernEnglish se inicia com a Renascença, período de reformas, descobertas, exploração etc. Nesse período, os pensadores e artistas, voltaram aos Clássicos e com eles muitas palavras latinas e gregas foram adotadas e muitos desses termos “inkhorn” sobrevivem ainda nos dias atuais.
Uma de suas características consiste no fato de que Londres (já colonização celta, chamada pelos romanos de “Londinium”, mais tarde também denominada Lundemburgo), se torna definitivamente centro da evolução lingüística que se segue, como sede do governo e do Parlamento, como maior cidade do pais e centro comercial. A segunda característica deste período de transição é a influência da imprensa no sentido da unificação lingüística. A terceira é o florescimento dos estudos clássicos, o interesse pela antigüidade Grego e Romana: o Renascimento, que nascido na Itália, exerceu forte influência na Inglaterra.
O chamado período de transição conduz o Inglês à plena maturidade com a Bíblia do Rei James e, principalmente, com a obra de William Shakespeare (1564 – 1616). Este período revela uma gradual superposição do Inglês ao Latim, como língua dos cientistas. Francis Bacon e williamharvey publicaram suas obras em latim. Issac Newton depois que publicou em Latim sua obra fundamental Principie Mathematica, em 1687, voltou-se para a sua língua materna. Opticks surgiu em 1704 em Língua Inglesa. entre os séculos XVIII e XIX, os filólogos e dicionaristas se esforçaram em ordenar e reunificar a estrutura da moderna Língua Inglesa, entre eles destaca-se Samule Johnson (1709-1784), compilador de uma grande edição de Shakespeare e criador do DictionaryofEnglishLanguage (Dicionário da Língua Inglesa).
A partir de 1800, surgiram dicionários para o Inglês americano, entre eles o de NoahWebster (atualmente MerriamWebsters). Por volta da metade do século, surgiu em Londres uma PhilogicalSociety, com o objetivo de criar um novo didionário mais abrangente. Foram coletados mais de 5 milhões de citações textuais (dos quais 1/3 foi utilizado na obra), e vários editores dedicaram seus esforços a esta edição, que começou a surgir em 1882 e só terminou em 1928, com um total de 15.300 páginas: o Oxford EnglishDictionary (OED). Embora o Inglês tenha adotado palavras de inúmeras línguas, a grande maioria de palavras com raízes inglesas são de origem germância ou românica, sendo que a maior influência é a do germânico na língua do cotidiano e na língua do homem simples. Além do mais, as línguas de origem germânica eram muito parecidas no período do Inglês antigo, de tal modo que inúmeras palavras teriam soado de maneira totalmente igual, fossem elas de raízes anglo-saxônicas ou escandinavas. Podemos afimar que este período é caracterizado, principalmente, pela padronização e unificação da linguagem. Portanto, desde o início da era Cristã até os dias atuais seis idiomas chegaram a ser falados na Inglaterra: Celta, Latim, OldEnglish, Norman French, MiddleEnglish e ModernEnglish.
O Inglês do Século XX e o Inglês Americano
O Inglês não tem uma Academia da Língua que fixe as normas do idioma. É um idioma que tem passado da síntese para a análise, da declinação e flexão para a ordem sintática, das desinências para as raízes e, estruturalmente, é quase monossilábico, exceto nos termos científicos derivados das raízes gregas e latinas. Devido a sua enorme difusão, apresenta vários dialetos, com categoria de línguas nacionais. Entre eles, os dialetos irlandês e o escocês (também chamado lallans).
O Inglês Americano
Abrange as variedades faladas no Canadá e nos Estados Unidos. Em 1940, distinguiam-se três grandes dialetos: o setentrional, localizado na Nova Inglaterra e no estado de Nova York, cujo expoente mais conhecido é o nova-iorquino. O dialeto ‘midlandês’, falado ao longo da costa de New Jersey a Delaware, e o dialeto sulista, falado de Delaware até a Carolina do Sul. Alguns lingüistas acreditam que o inglês ‘negro’ é uma língua e não uma variedade de dialeto, devido ao fato de, em todas as regiões onde é falado, apresentar a mesma fonética, sintaxe e léxico. De qualquer forma, o intercâmbio com o inglês americano enriquece o britânico e vice-versa. Hoje, o Inglês é a mais importante língua internacional. UtilizeoTradutor Online para traduzir, palavras, frases e até textos inteiros de Inglês para Português.
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