terça-feira, 15 de março de 2011

MÉTODOS DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA


MÉTODOS DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

1 - Tradução e Gramática

A capacidade de se comunicar oralmente na língua alvo não é um objetivo de ensino, mas sim a leitura, que é justamente a habilidade a ser desenvolvida além da escrita. A língua estrangeira não é usada em sala senão como material de tradução, que é uma meta importante para o aluno, sendo inclusive, questão principal na avaliação. Deve-se estar ciente das regras gramaticais da língua alvo, memorizar vocabulário, conjugações verbais e outros itens gramaticais. A maior parte da interação na sala de aula é do professor com os alunos. Há pouca iniciativa partida do aluno e raramente ocorre interação aluno – aluno.

2 – Direto

            O método direto tem esse nome devido à forma de abordar a língua alvo diretamente sem tradução para a língua nativa. As aulas são totalmente ministradas na língua alvo desde o início, através de situações baseadas na vida real. O conteúdo é introduzido pelo professor através de objetos também reais ou de figuras, fotos, gestos, para que o aluno associe o significado da língua estrangeira diretamente, sem tradução para a língua nativa. A iniciativa da conversação parte tanto do professor quanto dos alunos, que também conversam entre si. A gramática nunca é apresentada explicitamente, mas deve ser intuída pelos alunos.

3 – Áudio-Lingual

            Ele surgiu a partir das idéias geradas pela psicologia behaviorista. Os alunos devem aprendê-la automaticamente sem parar para pensar, formando novos hábitos na língua alvo e superando os antigos hábitos de sua língua nativa. O conteúdo é sempre bastante estrutural, sendo apresentado em diálogos iniciais. Esses diálogos são aprendidos com memorização, imitação e repetição. A partir deles, são conduzidos exercícios para fixação dos conteúdos e vocabulário. As repostas certas dos alunos são reforçadas positivamente com prêmios ou elogios. Gramática explícita.

4 – Silent Way

            A aquisição lingüística é vista aqui como um processo no qual as pessoas, através do raciocínio, descobrem e formulam regras sobre a língua aprendida. Esta aprendizagem visa à expressão do pensamento, percepção e sentimento dos alunos. Para isso eles precisam desenvolver autoconfiança e independência. É o aluno quem constrói seu aprendizado, sendo que o professor pode incitar sua percepção, provocar seu raciocínio. O “silêncio” é uma ferramenta para esse fim. A todo momento os alunos são incitados a pensarem e o silêncio do professor os obriga a se ajudarem mutuamente. Fichas com cores, ou sinais que representem sons ou palavras são constantemente usados. O professor cria situações que focalizam a atenção dos alunos para a estrutura da língua. Com o mínimo de pistas faladas, os alunos são conduzidos a produzir a estrutura. As quatro habilidades se reforçam mutuamente.

5 – Suggestopedia

            Há muita ênfase no sentimento dos alunos e na necessidade de ativação de suas potencialidades cerebrais. Para isso o ambiente de estudo deve ser relaxante e confortável, e o aluno precisa confiar no professor para que ele possa ativar sua imaginação e ajudá-lo na aprendizagem. Pôsteres com informações gramaticais são dispostos pela sala e trocados periodicamente para incitar a aprendizagem periférica do aluno, ou seja, sua capacidade de aprender através de estímulos externos.

6 – Community

            Não só os sentimentos e intelecto de cada um contam, mas principalmente o modo como relacionam suas reações físicas, instintivas e sua vontade de aprender entre si. O professor precisa estar sempre alerta para a necessidade de apoio que seus alunos têm com relação a seus medos e inseguranças na aprendizagem. Para isso, é fundamental construir um bom relacionamento comunitário na classe; aí o próprio professor deverá ocupar uma posição menos autoritária e ameaçadora, sentando-se na mesma posição dos alunos. Estes necessitam estar sempre bem informados quanto ao que deve acontecer em cada atividade, e suas limitações individuais devem ser levadas em conta na hora da cobrança. Deste modo, sentem-se mais seguros. É importante que os alunos sintam-se de certa forma com o controle da interação para tornarem-se mais responsáveis pelo seu próprio aprendizado. A cooperação, e não a competição, deve ser incentivada. A aprendizagem lingüística visa à comunicação e expressão de idéias. A língua nativa pode ser usada como apoio pelos alunos, que muitas vezes constroem frases a partir de blocos de palavras traduzidas pelo professor. Os alunos são constantemente convidados a dizer como se sentem e o professor deve ser capaz de compreender suas reações e conduzi-los a uma aprendizagem sempre melhor.

7 – Total Physical Response

            Um dos enfoques desta abordagem é a aprendizagem prazerosa da língua. Espera-se que o estudante realmente goze do prazer de aprender. Para isso usa-se muitas atividades divertidas e engraçadas e, o movimento corporal é um grande recurso para ajudar na compreensão. Muitas estruturas são aprendidas e praticadas através de comandos. Quando os alunos já repetiram uma série de comandos, eles então passam a demonstrá-los ao resto da turma. Após terem domínio de uma série deles, os alunos aprendem a lê-los e escrevê-los e, somente após uma certa exposição às novas estruturas, começa-se a falar e ditar outros comandos.

8 – Abordagem Conunicativa

            A meta desta abordagem é tornar os alunos comunicativamente competentes. Assim, a aprendizagem lingüística é vista como um processo de comunicação no qual o simples conhecimento das formas da língua alvo, seu significado e funções, são insuficientes. É preciso ser capaz de usar a língua apropriadamente dentro de um contexto social. Isso envolve o domínio não só de competência gramatical ou lingüística, mas também de habilidades sociolingüísticas, discursivas e estratégicas. Com o intuito de desenvolver essas habilidades, a mais marcante característica desse método é a prática de realizar atividades que envolvam comunicação real. Tal comunicação ocorre quando os sujeitos são livres para trocarem conhecimentos. Exploram-se muito atividades de conversação em pequenos grupos, dessa forma, maximiza-se o tempo de uso da língua pelos alunos.

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